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Polícia Civil ataca finanças de mais um líder de facção criminosa no RS

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Polícia prende suspeitos e bloqueia bens de uma das maiores quadrilhas do Rio Grande do Sul
Principal alvo da operação é o traficante Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, que foi transferido para o presídio federal de Rondônia. Somente os bens dele chegam a R$ 11

Uma semana depois de operação contra lavagem de dinheiro da quadrilha de Nego Jackson, policiais atacam bens de Minhoca, chefe de organização rival;

Polícia prende suspeitos e bloqueia bens de uma das maiores quadrilhas do Rio Grande do Sul
Principal alvo da operação é o traficante Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, que foi transferido para o presídio federal de Rondônia. Somente os bens dele chegam a R$ 11

Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou, nesta quinta-feira (16), a Operação Quebra-Cabeça, com o objetivo de reprimir um esquema de lavagem de dinheiro de uma das maiores organizações criminosas do estado. Quatro pessoas foram presas – três delas nesta quinta e uma mulher na quarta-feira (15).
Policiais tinham 11 mandados de prisão e 30 mandados de buscas e apreensãopara cumprir nas cidades de Porto Alegre, Viamão, Cachoeirinha, Taquara e Gravataí, na Região Metropolitana. Além disso, é realizado o bloqueio de bens e contas bancárias de vários suspeitos.
O principal alvo da operação é o traficante Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como Nego Jackson, que teria ligações com criminosos no Paraguai e com facções do Rio de Janeiro. Os bens do criminoso, estimados em R$ 11 milhões, foram bloqueados. A esposa dele foi presa na quarta-feira no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, quando embarcava para visitar o marido no Presídio de Porto Velho, em Rondônia.
Ao todo, 230 policiais participam da operação.

Segundo a investigação, que durou oito meses, Nego Jackson é o líder do tráfico do bairro Vila Jardim, e um dos principais opositores de uma facção criminosa que atua no estado. Com 20 homicídios na ficha criminal, ele foi preso no Paraguai em janeiro de 2017.

Além dos mandados de busca e de prisão, a ação abrange o sequestro de 32 imóveis (que representam boa parte do total do patrimônio, R$ 9,1 milhões), sequestro de 31 veículos (avaliados em R$ 800 mil), além do bloqueio de contas bancárias de 29 investigados. Outros R$ 757 mil vão ser bloqueados, ainda sem origem conhecida e, por isso, são investigados. No total, 54 pessoas são alvo das equipes da polícia.
Conforme o delegado titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Lavagem de Dinheiro, Filipe Borges Bringhenti, a investigação atingiu resultados expressivos.
«O grande objetivo de nosso trabalho, que é a descapitalização desta célula criminosa, foi alcançado», analisa.
Os valores, conforme o chefe de Polícia Civil, Emerson Wendt, poderão ser revertidos para o combate ao crime.
«Esse dinheiro oriundo dessa atividade criminosa poder ser reaplicado na Seguranca Pública, conforme decreto do governo do estado. Estimo que chegue próximo a R$ 50 milhões».
Dinheiro encontrado pela polícia na casa da esposa de Jackson em Taquara (Foto: Divulgação/Polícia
Como funcionava o esquema
Todo o dinheiro ganho com a venda de drogas dentro da Vila Jardim e para outros traficantes era recolhido por gerentes do tráfico. Depois, era submetido à gerente financeira da facção, uma mulher que também é um dos alvos da Polícia Civil, juntamente com a esposa de Jackson.

As quantias, então, eram depositadas em contas repassadas para empresas situadas no Rio Grande do Sul e outros cinco estados, que, por sua vez, encaminhavam para outros destinos.
Casas de câmbio e empresas de turismo de fachada na fronteira eram usadas, e o dinheiro era reenviado para o Paraguai, onde Nego Jackson estava escondido antes de ser preso. Segundo a polícia, boa parte do montante era destinada ao conforto do criminoso.
A investigação também chegou ao fato de que Nego Jackson havia assumido o papel de fornecedor de drogas para outros grandes traficantes da Região Metropolitana de Porto Alegre. Alguns destes integram, inclusive, outras facções.
Nego Jackson, de acordo com a investigação, tem ligações com uma facção do Rio de Janeiro. Ao dar entrada na Penitenciária de Porto Velho, pediu para ser recolhido no espaço destinado aos criminosos vinculados à facção carioca.
De acordo com o diretor do gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos da Polícia Civil, delegado Cristiano de Castro Reschke, é importante entender que o crime organizado se tornou um fenômeno social e criminal, combatendo os crimes de lavagem de dinheiro como estratégia de enfraquecer essas organizações.
«É necessário, importa destacar, o fortalecimento de ações como esta, com foco na lavagem de dinheiro, atacando o que move o crime, o dinheiro, e o que vem com ele: poder, armas drogas e violência», afirma o delegado.

‘Alvo número um’ da polícia
Na ocasião de sua prisão, o chefe da polícia do estado, Emerson Wendt, chegou a afirmar que Jackson era o alvo número 1 da corporação. Além dos crimes cometidos no Brasil, o líder criminoso também é investigado por um duplo homicídio no Paraguai.
Jackson iniciou a vida no crime ainda durante a adolescência, e chegou a ser considerado «braço direito» dos antigos líderes do tráfico da Vila Jardim. Quando eles morreram, Nego Jackson assumiu o controle. Ele virou fornecedor de armas e drogas para outros traficantes, inclusive no interior do estado.
RBS TV)

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