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Calor pode causar tontura e taquicardia e oferece mais risco a hipertensos

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As mudanças no organismo para lidar com o calor geram não só efeitos incômodos, mas também sérios riscos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A onda de calor que atinge grande parte do país nesta semana vai elevar as temperaturas 5ºC acima da média, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), e demandar atenção especial com a saúde.

Em temperaturas próximas dos 40ºC, como as previstas em Manaus, Palmas e Cuiabá, há maior exigência sobre o mecanismo de termorregulação. As mudanças no organismo para lidar com o calor geram não só efeitos incômodos, mas também sérios riscos.

«As primeiras consequências costumam ser tontura, perda de apetite e aumento da produção de suor», diz o pesquisador Fabricio Azevedo Voltarelli, professor na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Isso ocorre porque os termorreceptores presentes na pele percebem a altura temperatura do ambiente e enviam sinais ao cérebro. Em resposta, ocorre a dilatação dos vasos e um redirecionamento do fluxo sanguíneo das partes mais internas para a periferia, para facilitar a dissipação do calor para o meio externo, e a eliminação do suor na tentativa de regular a temperatura do corpo.

O excesso de suor pode acarretar irritações na pele e também cãibras, uma vez que o corpo perde muitos sais minerais.

Já as alterações na circulação podem ocasionar tornozelos e pés inchados, dor de cabeça, redução da pressão arterial e o consequente aumento nos batimentos cardíacos.

«O coração tenta compensar a queda de pressão elevando a frequência cardíaca. Se há uma doença cardíaca de base, ela pode descompensar e pôr em risco o paciente», afirma Abrão Cury, cardiologista no Hcor,.

Outros pacientes que devem estar atentos são os hipertensos. Por causa do calor, o efeito das medicações para controle da pressão arterial pode ser potencializado, levando a um quadro de pressão baixa.

«É comum vermos pacientes hipertensos que, no calor, têm tontura, fraqueza e chegam mesmo a cair», diz Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM (Sociedade Brasileira de Clínica Médica). «Esses pacientes devem conversar com seu médico para, se necessário, ajustar a dose da medicação.»

Como reduzir os efeitos

O principal conselho é manter o corpo hidratado. Além do consumo de água, os especialistas sugerem a ingestão de água de coco e de isotônicos para a reposição dos sais minerais.

«É melhor evitar ao máximo o consumo de bebida alcoólica», aconselha Cury. «Embora a bebida seja vista por alguns como algo refrescante, ela é um problema porque o álcool inibe a produção do hormônio que controla a secreção de urina. A pessoa acha que está tomando líquido, mas acaba perdendo mais água.»

Outra forma de cuidar da hidratação é pelo consumo de frutas, verduras e legumes, alimentos que contêm mais água em sua composição. Ainda em relação aos alimentos, é preciso tomar maior cuidado com a procedência e a conservação, já que o calor faz com que estraguem mais rápido.

Lopes destaca a importância de manter o ambiente bem ventilado, dando preferência a janelas e circuladores de ar. Ele também recomenda o uso de roupas claras, largas e com tecidos leves em prol do conforto térmico.

Evitar a exposição direta ao sol e redobrar a hidratação em locais com ar condicionado são outras recomendações dos especialistas. Segundo Voltarelli, a climatização artificial do ambiente pode enganar o organismo. O corpo não percebe quanto o ambiente está seco e a pessoa acaba não bebendo água.

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