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Governo planeja linhas de crédito para estimular chegada da ‘TV 3.0’; entenda o que o termo significa

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Brasil começará a implementar novas tecnologias em 2025; modelo ainda não está definido. TV 3.0 trará melhorias de som e imagem, além de maior interatividade com o espectador.

Por Lais Carregosa, g1 — Brasília

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou nesta quarta-feira (2) que o governo estuda criar linhas de crédito para as emissoras investirem na nova tecnologia de transmissão, a TV 3.0.

«Nós temos buscado dialogar, temos reuniões marcadas com bancos de fomento do governo, para que possamos estudar essa possibilidade», declarou.

globotechcast – EP 78 – [TECH]: Desvendando a TV 3.0 e a Revolução do Entretenimento

Segundo o ministro, o governo discute o financiamento porque as emissoras têm perdido receita, devido à competição com as plataformas de streaming e redes sociais.

«Nós temos defendido isso justamente para entender a necessidade para que o setor de radiodifusão implemente essa nova geração da televisão aberta brasileira de forma mais rápida para a população. Isso carece de muito investimento e sabemos que o setor de radiodifusão foi extremamente atingido recentemente com a chegada das mídias digitais, das mídias sociais, que pegou um bolo significativo das receitas do setor», declarou.

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Evolução da TV Digital vai ligar canais abertos à internet

O que é a ‘TV 3.0’?

A TV 3.0 vai proporcionar mais interatividade para a audiência, com a possibilidade de se usar aplicativos para canais de TV aberta. Dessa forma, os canais vão poder disponibilizar conteúdo sob demanda por meio da TV aberta, além de uma maior personalização da programação.

Apesar de algumas aplicações da nova geração de TV aberta serem possíveis com a internet, a conexão não é um requisito para receber o sinal de ‘TV 3.0’.

Essa tecnologia também vai proporcionar maior qualidade de imagem e som para os espectadores, com imagem em 4K e som imersivo –que não são possíveis com a TV digital.

Quando a ‘TV 3.0’ deve ser implementada?

O governo pretende começar a implementar a TV 3.0 em 2025. A meta do Ministério das Comunicações é definir qual será a tecnologia usada até 31 de dezembro de 2024.

A expectativa é que, no início de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assine um decreto que estabeleça a tecnologia a ser utilizada –com base na recomendação do ministério– e o cronograma de implantação para que as emissoras se adequem aos novos requisitos.

«Na sequência, toda a cadeia industrial do setor vai se adaptando e produzindo os equipamentos necessários, que vão de transmissores, conversores, novos televisores», disse o ministro.

Japoneses e americanos disputam para fornecer as suas soluções de TV 3.0 ao Brasil. O Ministério das Comunicações fez uma chamada internacional, recebendo 32 contribuições.

Segundo o secretário de Comunicação Social Eletrônica, Wilson Diniz, o governo chegou a três modelos depois dos testes em campo: japonês, europeu e americano.

O governo seguiu com os modelos japonês e americano, mas Diniz não descarta adotar uma implementação híbrida com a tecnologia europeia. Esse modelo, segundo ele, pode ser implementado para transmissão de TV em dispositivos móveis, como celulares e tablets.

Que aparelhos de TV poderão acessar o sinal?

De acordo com o secretário, atualmente não há modelos de TV disponíveis no mercado brasileiro que possam receber o sinal da ‘TV 3.0’. Por isso, no primeiro momento de implantação, será preciso usar conversores.

«Como a vida útil das TVs tem uma carga ainda a ser cumprida, em especial porque tivemos eventos esportivos importantes nos últimos anos que fomentaram a troca dos televisores, entendemos que no começo vamos ter que ter um receptor que faça a conversão desses sinais», declarou o secretário.

Serão então duas fases de implementação:

  • TVs com receptores para fazer a conversão;
  • à medida que a implementação for avançando, novas TVs já poderão receber o sinal sem aparelhos de conversão.

O governo ainda não definiu se os conversores de sinal para a TV 3.0 serão distribuídos, mas há discussões sobre a entrega gratuita para famílias de baixa renda – a exemplo do que ocorreu na expansão do sinal digital.

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