Notas
‘Pode faltar milho sim no ano que vem’, diz Aprosoja
O presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, sugere um melhor planejamento por parte do consumidor para garantir o abastecimento do cereal.
A grande utilização do milho na geração de etanol e o aumento na produção de carnes, reflexo da peste suína que atingiu na China, impactaram o abastecimento interno. Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural
O atraso no plantio da soja em alguns estados poderá comprometer o início da segunda safra de milho, a safrinha, e trazer problemas de abastecimento interno. A avaliação foi feita pelo presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz.
“Ainda é cedo para traçar um cenário mais preciso, mas pode faltar milho, sim, no ano que vem”, alertou o dirigente. Ele sugere um melhor planejamento por parte do consumidor para garantir o abastecimento. “A indústria tem que se organizar, tem que estar preparada, buscando fechar contratos antecipadamente para não perder o milho para outros países”.
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A entrada do milho brasileiro em novos mercados, segundo Braz, é uma realidade, citando como exemplo o Vietnã. E esta disputa foi um dos fatores que assegurou a sustentação dos preços do milho em 2019. “Tivemos problema climáticos e uma demanda crescente. A procura superou a oferta, que foi grande”, acrescentou.
Entre outros pontos de elevação para as cotações internas, o presidente da Aprosoja apontou ainda a ascendente utilização do cereal na geração de etanol e o aumento na produção de carnes, reflexo da peste suína que atingiu o rebanho chinês, resultando na aceleração das compras da principal economia asiática.
Para 2020, mesmo com o possível atraso na semeadura, as perspectivas ainda são favoráveis e a aposta do dirigente é de uma grande safra. “Tivemos problemas pontuais que elevaram a demanda. Mas a produção vai atender às necessidades internas e externas, ainda que em um quadro apertado”, completa.
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