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Brasil

A importância da dieta para prevenir câncer e melhorar qualidade de vida de pacientes

Publicado

en

  • Saioa Gómez Zorita, Maitane González Arceo e María Puy Portillo
  • Role,The Conversation

Milhões de pessoas são diagnosticadas a cada ano com câncer, a principal causa de morte no mundo. Por isso, tanto a prevenção da doença quanto seu tratamento são tão importantes. Neste contexto, uma alimentação adequada, parar de fumar e limitar o consumo de álcool são fatores que reduzem o risco de adoecer e melhoram o prognóstico.

Uma alimentação saudável é de grande importância para prevenir diversos tipos de câncer. Porém, não existem alimentos milagrosos que curem ou previnam seu aparecimento. Também não há ingredientes na dieta que a causem diretamente: é o conjunto de nossos hábitos alimentares que reduz ou aumenta as chances de adoecer.

Ao longo das linhas seguintes, os leitores observarão que, em geral, as frases usadas ao fazer recomendações sobre dieta e câncer são pouco conclusivas. As palavras «parece» ou «pode» são repetidas constantemente. Isso ocorre porque mais pesquisas são necessárias para confirmar essas descobertas e esclarecer o verdadeiro impacto da dieta.

Algumas orientações para elaborar um cardápio anticâncer

Antes de tudo, é importante manter um peso saudável: o excesso de gordura corporal e as patologias associadas, como a resistência à insulina, são ligados a um risco aumentado de câncer de tireoide, esôfago, fígado, vesícula, cólon, rim, mama, endométrio ou próstata. Além disso, parecem promover metástase em alguns tumores, como o câncer de pulmão.

Em relação aos nutrientes e alimentos que auxiliam na prevenção, a alimentação deve ser rica em fibras (frutas, verduras, legumes e grãos integrais). Muitas vezes, incluir esses alimentos no cardápio também está associado a um menor risco de obesidade.

Especificamente, o consumo de frutas e vegetais reduz as chances de desenvolver vários tipos de câncer, como o de boca e esôfago, enquanto os grãos integrais podem ajudar a prevenir o câncer colorretal. Além da fibra, esses alimentos contêm antioxidantes que também podem proteger o corpo.

Além disso, deve-se limitar o consumo de alimentos ricos em gorduras de má qualidade (gorduras saturadas e trans), amidos e açúcares. É o caso dos alimentos ultraprocessados ​​(bebidas energéticas, embutidos, lasanhas, pizzas industriais, salgadinhos, entre outros).

Em relação aos diferentes tipos de dieta, a mediterrânea se destaca por suas virtudes, que parecem reduzir as chances de desenvolver câncer de mama e cólon. Caracteriza-se pela utilização de azeite virgem como fonte fundamental de gordura; uma alta ingestão de vegetais, frutas, grãos integrais, nozes e legumes; consumo moderado de peixe e laticínios; e pouca quantidade de carnes vermelhas ou processadas.

Uma dieta com abundância de carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, carboidratos refinados e alimentos ultraprocessados ​​aumentaria as chances de alguém sofrer dessas doenças.

A dieta não cura, mas melhora a qualidade de vida do paciente

Alimentos saudáveis

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,Alimentação deve ser rica em frutas, verduras, legumes e grãos integrais

Uma dieta balanceada reduz o risco de câncer, mas não o previne. Uma vez que a doença aparece, isso pode ajudar, aliado ao tratamento médico adequado, a melhorar o prognóstico e a qualidade de vida do paciente. Além disso, pode ajudar a atenuar alguns efeitos colaterais dos tratamentos e reduzir o risco de infecções.

É comum que pacientes com câncer sofram de desnutrição devido aos tratamentos e ao próprio curso da doença. Evitar reduzir esse problema é importante, porque melhora o prognóstico. É muito importante atender às necessidades energéticas dessas pessoas e, principalmente, proteicas.

Estas últimas se encarregam de reparar os tecidos, que em pacientes com câncer podem ser muito danificados devido à cirurgia, quimioterapia ou radioterapia. Ovos, laticínios, peixes, aves e legumes são boas fontes de proteína.

Esses processos de reparo também requerem uma quantidade extra de energia. Quando a ingestão necessária não pode ser alcançada – por exemplo, por falta de apetite –, a dieta deve incluir alimentos com alta densidade energética, como frutas secas ou vitaminas. Você pode até mesmo substituir os grãos integrais por grãos refinados, já que a fibra gera saciedade.

Em suma, a dieta deve ser adaptada ao indivíduo, às suas necessidades e à sua condição. Assim, em pacientes com náuseas e vômitos, alimentos frios e leves, como purê de frutas, iogurte ou macarrão ou saladas de arroz, geralmente são bem tolerados. Se o paciente tiver alguma dificuldade para engolir, pode ser útil triturar o alimento e adicionar espessantes e gelificantes para melhorar a textura, a fim de evitar o uso de sonda para administrar o alimento.

A título de conclusão, convém recordar que, embora a alimentação não cure o câncer, melhora o prognóstico e ajuda a preveni-lo, o que a torna uma prioridade.

*Saioa Gomez Zorita é pesquisadora de Nutrição e Obesidade e professora da Universidade do País Basco. Maitane González Arceo é pós-doutoranda no Grupo de Nutrição e Obesidade da Universidade do País Basco. Maria Puy Portillo é professora de Nutrição na Universidade do País Basco

**Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original (em espanhol).

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