Conectate con nosotros

Notas

Empresa cria método ultrarrápido para testar maciez da carne bovina

Publicado

en

Projeto apoiado pela Fapesp tem potencial para acabar com a insegurança de consumidores sobre a qualidade do produto.

Um projeto desenvolvido por pesquisadores da FIT – Fine Instrument Technology, com apoio do Programa Fapesp Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), tem potencial para acabar com a insegurança de consumidores que pagam mais por uma peça de carne na expectativa, nem sempre confirmada, de que o produto tenha realmente um alto grau de maciez.

Desde 2005, a empresa que foi fundada na capital, mas depois migrou para São Carlos, no interior de São Paulo, investe em produtos e aplicações que envolvem o uso da ressonância magnética nuclear.

Desta vez, a proposta é colocar no mercado em até um ano uma versão portátil de um equipamento de ressonância magnética nuclear (RMN) do tipo de superfície. A máquina será capaz de determinar a maciez da carne bovina de um modo não destrutivo, em cortes já embalados para comercialização.

Cadeia de produção

Segundo a zootecnista Fabiane de Souza Costa, responsável pela pesquisa, dados sobre a textura de cortes de carne bovina são relevantes para toda a cadeia de produção.

“Essa informação poderá ser utilizada por todas as empresas ligadas ao setor de comercialização de carnes bovinas, como frigoríficos, supermercados, casas de carne, restaurantes e também no meio científico, em universidades e institutos de pesquisas”, diz Costa ao Boletim Pesquisa para Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com a cientista, a grande novidade do projeto é conseguir desenvolver e calibrar um software que consiga, de forma rápida e precisa, gerar uma informação confiável sobre o grau de maciez da carne.

“Pela técnica tradicional, além de ter que cortar a carne, são necessários pelo menos dois dias para que o resultado seja obtido. No método que estamos propondo, a carne é verificada na embalagem, pronta para ser comercializada. O resultado sai depois de um a dois minutos em que a medição é feita”, explica Costa.

Avanços

Além do desenvolvimento do programa de computador ideal para conseguir medir a maciez dos cortes de carne sem a necessidade de equipamentos pesados e procedimentos demorados, outro avanço significativo que será obtido pela equipe de pesquisadores de São Carlos é conseguir embarcar tudo em um equipamento portátil, que poderá ser usado em qualquer lugar. Hoje, a avaliação da textura das peças de carne é feita por meio de um texturômetro específico.

Outra preocupação do grupo de pesquisa é como a informação será transmitida ao consumidor. “Não adianta colocar um dado técnico que fará pouco sentido para os leigos. Estamos pensando em fazer algo intuitivo, como os selos Procel [Programa Nacional de Energia Elétrica] ou as etiquetas com informações sobre o grau de intensidade e qualidade do café, colocadas nas embalagens dos produtos, para realmente ajudar os consumidores”, afirma a pesquisadora.

A ideia de desenvolver um aparelho portátil de ressonância magnética para testar a maciez dos cortes de carne de forma automática surgiu por causa da linha de atuação da FIT, que desde o início da pesquisa faz usos inovadores da ressonância magnética nuclear voltados não para a medicina, mas para o agronegócio.

Serviços

A empresa também tem no portfólio de serviços o uso da ressonância magnética de baixo campo para fazer, em segundos, análises químicas e físicas de frutas, grãos, azeites e leites.

O equipamento SpecFIT utiliza ressonância magnética nuclear de baixo campo e não gera imagem. O teor de açúcar de uma fruta, por exemplo, é medido pelo “tempo de desaparecimento” do pulso de radiofrequência nela incidido, cotejado digitalmente com informações de um banco de dados que traduz essa medida na composição química de produtos. O aparelho também já era usado para o teste de carne.

“A diferença agora é que teremos um equipamento realmente portátil. E a nossa ideia não é agregar valor nem rotular as carnes. Vamos diferenciar o que é bom e informar isso ao consumidor por meio de um teste eficiente, feito por uma máquina bem calibrada para isso”, finaliza Costa.

Com informações do Governo do Estado de São Paulo

Sigue leyendo
Anuncio
Anuncio
Anuncio
Anuncio

Tendencias