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Notas

Hipertensão em idosos: Qual é a pressão arterial ideal?

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Em 2017, novas diretrizes sobre hipertensão foram estabelecidas pelas instituições cardiológicas: american college of cardiology e american heart association.

Essas instituições defendem o tratamento medicamentoso para hipertensão, tendo como objetivo cifras tensionais menores de 130/80 mm Hg para pacientes de todas as idades.

O tratamento busca prevenção secundária de doenças cardiovasculares, e primária a prevenção em pacientes de alto risco (risco estimado de 10 anos de aterosclerose de 10% ou mais).

A pressão sanguínea ideal para pacientes de baixo risco é abaixo de 140/90 mm Hg.

Existem diversos exames para se estimar o risco de 10 anos. Eles incorporam informações como idade, pressão sanguínea, colesterol entre outras. Por mais que o risco aumente com a idade, esses exames são imprecisos uma vez que o paciente se aproxime de 80 anos de idade.

As diretrizes do colégio de cardiologia e da associação do coração omitem uma a pressão diastólica alvo. Essa omissão se dá ao fato que o tratamento de pressão sistólica elevada tem mais dados que o apoiam do que o tratamento de pressão arterial diastólica elevada em pessoas mais velhas.

Esse tratamento é recomendado somente para idosos que consigam caminhar e que vivam em sociedade, não em instituições, e inclui pacientes com comprometimento cognitivo leve e fragilidade. A terapêutica deve ser centrada no paciente.

Dados do tratamento (SPRINT TRIAL):

O tratamento de intervenção para pressão arterial (sprint) alistou 9,361 pacientes, os quais precisavam ter 50 anos ou mais (média de 67.9), ter a pressão sistólica entre 130 e 180 mm Hg (média 139.7 mm Hg), apresentar riscos de doenças cardiovasculares devido a doença crônica nos rins, risco de 10 anos de 15% ou ter 75 anos ou mais. Os pacientes tinham poucas comorbidades e os que possuíam diabetes mellitus ou AVC prévio foram excluídos.

O objetivo era verificar se o tratamento reduziria a incidência de resultados cardiovasculares adversos em comparação com o controle padrão.

Os participantes foram divididos em dois grupos, um para o tratamento intensivo de pressão sistólica inferior a 120 mm Hg outro para tratamento padrão inferior a 140 mm Hg. Os investigadores escolheram medicamentos e doses de acordo com o seu julgamento clínico. O protocolo de estudo exigiu a medição da pressão arterial usando uma pulseira automática automatizada, o que provavelmente resultou em leituras de pressão sistólica de 5 a 10 mm Hg menores do que com os métodos típicos utilizados em hospitais.

O grupo de tratamento intensivo alcançou uma pressão sistólica média de 121,5 mm Hg, que exigiu uma média de 3 medicamentos. Em contraste, o grupo de tratamento padrão atingiu uma pressão sistólica de 136,2 mm Hg, que exigiu uma média de 1,9 medicamentos.

Após uma redução absoluta do risco em eventos cardiovasculares e mortalidade, SPRINT foi descontinuado após 3 anos. Durante o tratamento, 61 pacientes precisaram ser tratados de forma intensiva para prevenir 1 evento cardiovascular e 90 precisaram ser tratados de forma intensiva para prevenir 1 óbito.

Os pacientes mais velhos no teste SPRINT toleraram o tratamento intensivo, bem como os mais jovens. A análise exploratória do subgrupo de pacientes de 75 anos ou mais, que constituiu 28% dos pacientes no estudo, demonstrou benefício significativo pelo tratamento intensivo. Neste subgrupo, 27 pacientes precisaram ser tratados de forma agressiva (em comparação com o tratamento padrão) para prevenir 1 evento cardiovascular e 41 precisaram ser tratados também de forma intensiva para prevenir 1 morte.

Os eventos adversos graves foram mais comuns com o tratamento intensivo do que com o tratamento padrão no subgrupo de pacientes mais velhos que eram frágeis. Os investigadores do SPRINT validadaram uma escala de fragilidade nos pacientes do estudo e descobriram que os mais frágeis se beneficiaram do controle intensivo da pressão arterial.

O envelhecimento sem fragilidade é um objetivo importante do cuidado geriátrico e provavelmente está relacionado à saúde cardiovascular. Um adulto mais velho que se torna mais lento fisicamente ou mentalmente, com força e energia diminuídas, é menos propenso a viver de forma independente. Em relação à cognição, as novas diretrizes dizem que reduzir a pressão arterial em adultos com hipertensão para prevenir declínio cognitivo e demência é razoável, mas não oferecem um número objetivo de pressão arterial.

A adesão às novas diretrizes exigiria muitos idosos sem comorbidades significativas para tomar 3 medicamentos e passar por um monitoramento mais freqüente.No entanto, os dados não existem para provar um benefício do controle intensivo da pressão arterial em pacientes idosos debilitados, e pode haver danos.

Reduzir a carga de medicação pode ser um objetivo mais importante do que reduzir a pressão para essa população. As metas de pressão arterial e o gerenciamento da hipertensão devem refletir metas de cuidados centradas no paciente.

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