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Marcelo Piloto, um dos traficantes mais procurados do Brasil, dizia a vizinhos que era ‘vendedor de eletrônicos’(VIDEO)

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Apontado pela polícia como o maior fornecedor de armas e drogas do Comando Vermelho (CV) fora do Brasil desde a prisão de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto, foi preso na manhã de ontem no Paraguai. Foragido desde 2007, Piloto saiu do Rio para viver no país vizinho em 2012. Desde então, usava uma identidade falsa e mudava de endereço a cada seis meses para despistar as polícias paraguaia e brasileira.


Quando os policiais entraram na casa alugada há seis meses na cidade de Encarnación, a 365 km da capital do país, Assunção, Piloto estava dormindo. Um vídeo feito pelos agentes que entraram no imóvel mostra que a sala já estava decorada com uma árvore de Natal. A casa, discreta, foi escolhida pelo traficante como esconderijo após ele sair de Ciudad del Leste com medo de ser capturado. Aos vizinhos, o traficante se apresentava como “vendedor de eletrônicos”.

No imóvel, de três quartos, os agentes apreenderam duas pistolas, carregadores e U$ 10 mil, além de três documentos com o nome que Piloto usava no Paraguai: Marcos Lopes Correia.

Após a prisão, Piloto contou informalmente aos agentes da Polícia Federal e da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai alguns detalhes da sua atuação como “matuto” da maior facção do Rio. Disse que, a cada dois meses, enviava um carregamento de maconha e armas para o Rio. A carga era enviada em caminhões, com fundos falsos, que passavam pelos estados do Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os fuzis iam desmontados. Segundo o traficante, quando não havia apreensão, ele chegava a lucrar R$ 500 mil com o carregamento.

http://extra.globo.com/videos/v/video-mostra-momento-em-que-marcelo-piloto-e-preso-no-paraguai/6355569

Nem sempre, entretanto, a carga chegava intacta às favelas. Em maio deste ano, por exemplo, um carregamento de Piloto com duas metralhadoras de calibre .50 equipadas com lunetas, três fuzis calibre 7.62, quatro fuzis calibre 5.56, 31 pistolas, mais de 17 mil munições e quatro toneladas de maconha foi interceptado por policiais civis de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e do Paraná em Teodoro Sampaio, interior de São Paulo. A carga saiu Amambaí, no Mato Grosso, partia para o Rio e estava embaixo de um fundo falso. Piloto assumiu aos agentes que o carregamento era dele e que teve um “prejuízo gigantesco”. Por fim, disse aos agentes que se considera um “empresário”.

A prisão foi resultado de uma ação da Secretaria de Segurança do Rio, da Polícia Federal brasileira, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, da Policia Nacional Paraguaia e da agência de combate às drogas dos Estados Unidos.

Armas encontradas na casa onde Piloto foi preso Armas encontradas na casa onde Piloto foi preso Foto: Divulgação
Fuga do Rio há cinco anos

De acordo com investigações da Polícia Civil, Piloto fugiu para o Paraguai no fim de 2012, após a ocupação de Manguinhos, de onde era chefe do tráfico, pelas Forças de Segurança. Antes de sair do Brasil, ele chegou a buscar abrigo na Região dos Lagos do Rio. Sua fuga aconteceu meses após o resgate de Diogo de Souza Feitoza, o DG, da 25ª DP (Engenho Novo), no dia 3 de julho de 2012. Piloto foi condenado por ter participado do crime.

Piloto é oriundo do Morro do Urubu, em Pilares, na Zona Norte do Rio. Sua vida no crime teve início com o roubo de veículos. O bandido ganhou esse apelido porque era o motorista da quadrilha. Ao ficar preso, entre 1998 e 2007, ele se aproximou de José Benemário de Araújo, chefe do tráfico de Manguinhos, e acabou sendo colocado para gerenciar a favela.

Fazendas eram base de grupo

Em seu esquema para enviar armas e drogas para o Rio, o traficante Marcelo Piloto contava com pelo menos duas fazendas no Paraguai que funcionavam como base para a sua quadrilha. Ao ser preso, no entanto, o bandido negou aos policiais que tenha propriedades no país. Piloto foi capturado numa casa num bairro onde vivem 1.500 famílias removidas pela construção da hidrelétrica de Yacyretá, no Rio Paraná, que divide Paraguai e Argentina.

A Polícia Federal também deteve, na residência, três brasileiras que estavam com Piloto. Umas delas estava dormindo com o traficante no momento em que os agentes chegaram. Outra, identificada como Raquel de Souza Moraes, tem mandado de prisão, no Brasil, por associação para o tráfico. As três saíram do Rio de Janeiro para Foz de Iguaçu de ônibus e chegaram em Encarnación de táxi. Ao todo, percorreram mais de 1.800km. EXTRA

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