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Pedra na vesícula: cálculos que causam dor na região abdominal

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A vesícula é um órgão que se assemelha ao formato de uma bolsa, componente importante do sistema digestório humano. Exerce a função de reservar e concentrar a bile produzida pelo fígado a ser liberada no intestino delgado. A bile tem a função de emulsificar as gorduras dos alimentos a serem digeridos e ajudar na absorção de importantes nutrientes como as vitaminas A,D,E e K.

O excesso de sais ou colesterol podem formar cálculos de vários tamanhos na bile e prejudicar a passagem no cano que é conectado no intestino. São essas pedras que não conseguem ser digeridas que ficando na vesícula e causam dor e mal-estar na região abdominal.

O aposentado Luiz Antônio Gomes, de 71 anos, teve pedra na vesícula há dez anos e lembra do problema que levou ele à internação. “Estava dormindo e de repente acordei de madrugada com fortes dores no abdômen. Também ocorreu febre e vômitos. Inicialmente fui atendido por um clínico geral, que avaliou o meu quadro e me encaminhou para um gastroenterologista. Depois de alguns exames, o especialista confirmou que eu estava com pedra na vesícula”, contou.

Além da dor no abdômen, pedras na vesícula podem causar dor nas costas, náuseas e vômitos. Mas, algumas pessoas podem ter cálculo na vesícula e não apresentar sintomas. É o que confirma Gustavo Gonzales Real, médico gastroenterologista, do Hospital Escola da Universidade Federal de Rio Grande (FURG). “Até 20% da população pode ter a pedra na vesícula e não sentir os sintomas. Geralmente, as pessoas que sentem os sintomas tendem a perceber o incômodo após uma refeição muito gordurosa. Em boa parte desses casos, o indivíduo sente náuseas, vômitos, dores no lado direito do abdômen – embaixo da costela, que não alivia com analgésicos, necessitando a procura de um pronto-atendimento para recebimento de medicação na veia”, esclarece Gonzales.

Os fatores de risco para a ocorrência de doenças nas vias biliares incluem: idade, gênero, nível de atividade física, alimentação e estilo de vida, sendo que cada doença apresenta suas particularidades. A colelitíase é mais prevalente em mulheres, grávidas, em terapia hormonal, em uso de anticoncepcionais ou com idade superior a 60 anos. O sedentarismo, as perdas de peso rápidas decorrentes de dietas de baixa calorias e ser latino-americano ou nativo americano também são fatores de risco para a ocorrência de cálculos biliares.

Verificou-se que menor escolaridade, baixo nível de atividade física, consumo alimentar de teor energético elevado, história de rápida perda de peso, ser solteira e histórico familiar de cálculo biliar foram fatores que aumentaram o risco para doenças biliares. Enquanto o padrão alimentar tido como padrão saudável, com consumo de frutas, legumes, grãos integrais, óleo vegetal e peixe esteve associado com diminuição do risco para doenças da vesícula biliar. Por outro lado, o consumo de açúcar, grãos refinados e bebidas açucaradas estive associado positivamente ao risco aumentado de cálculos biliares, assim como carnes vermelhas, carnes processadas e ovo.

O consumo de frutas e vegetais, proteína vegetal e nutrientes como vitamina C, folato e magnésio tem sido associado a menor risco de desenvolvimento dessas doenças.

Pessoas que tem casos na família, mulheres acima de 40 anos, mulheres que tiveram vários filhos, pessoas obesas ou que tiverem um emagrecimento rápido, ou até casos mais raros como problemas no sangue, podem estar mais propícias a ter os cálculos.

O gastroenterologista explica que o diagnóstico é feito com facilidade, por meio de uma ultrassonografia de abdômen. “Como a vesícula se localiza muito perto da parede abdominal, ela é facilmente acessível através desse exame. Nem todos os pacientes precisam ser submetidos a cirurgia, mas quando os sintomas começam a aparecer é a hora de realizar o tratamento”, pontua Gustavo.

Tratamento no SUS

O tratamento para pedra na vesícula pode ser feito à base de medicamentos ou por via cirúrgica. Segundo o Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPM do Sistema Único de Saúde (SIGTAP-SUS), a colecistectomia pode ser feita por médico residente, cirurgião do aparelho digestivo, cirurgião geral, cirurgião pediátrico e cancerologista cirúrgico, e a colecistectomia videolaparoscópica pode ser feita também por médico em radiologia e diagnóstico por imagem.

No SUS o procedimento pode ser feito via laparoscópica e pela técnica aberta. A escolha do protocolo anestésico depende do estado de saúde do paciente e outras condições de segurança do ambiente cirúrgico, e não se pode afirmar de forma determinante que todas os procedimentos cirúrgicos de colecistectomia serão realizados por anestesia geral.

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